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Mostrando postagens de maio, 2020

Pe. Bruno Sechi – Por uma sociedade que transforme

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Pe. Bruno Sechi Em tempos onde os Direitos Humanos são relativizados para legitimar ideologias políticas extremistas e o sofrimento das pessoas é a principal manchete de ontem, hoje e amanhã, a partida de Pe. Bruno Sechi causa ainda maior dor. Conhecido por seus trabalhos sociais na periferia de Belém, Pe. Bruno faleceu na noite desta sexta-feira (29). O sacerdote foi encontrado desacordado em sua residência e socorrido por amigos próximos. O padre ainda foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu e veio a óbito. Há dias se recuperava da covid-19. Pe. Bruno Sechi tinha 80 anos e atuou em várias paróquias da Arquidiocese de Belém, primeiro como sacerdote salesiano, depois incardinado nesta Igreja Local. Atualmente era pároco na Paróquia São João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga e Coordenador da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz. Fazer memória da missão deste padre santo e dar a conhecer sua obra e forma de viver a fé  é uma necessidade eclesial e pas

Pe. Pedro Bodei - Dom de fé para o Brasil

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Bendito seja Deus pelos santos ao pé da porta! Hoje um destes santos completa a sua Páscoa! Don Pierino, conhecido no Brasil como Pe. Pedro, falecido no dia 27 de maio, vítima do COVID19. Homem de Deus, da Igreja e do povo, foi testemunha eloquente do Reino nestas terras amazônicas, lugar que amou e que agora acolhe seu corpo em repouso. De olhar e presença serenos, Pe. Pedro foi apaixonado pela missão e pelo serviço aos pobres. Mesmo após chegar o tempo de sua aposentadoria, escolheu ficar e amar até o fim.  Relato do Pe. Pedro Bodei sobre seus anos de missão no Brasil. Fonte: site da  Diocese de Brescia. A MISSÃO DE DON PIERINO Estou completando quase quarenta anos de vida missionária no Brasil, com um intervalo de dez anos em que servi a paróquia de Marone. Eu experimentei o primeiro período na diocese de Araçuaí (Minas Gerais) junto com outros amigos, principalmente com Don Felice Bontempi e Don Giuseppe Ghitti. Nas paróquias de Medina e Comercinho. O caráter decisivo desse período

Redescobrir a Espiritualidade do Cotidiano

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A Criação de Adão - Michelangelo - Capela Sistina - Arquivo pessoal Como alimentar a fé sem a possibilidade de celebrar os sacramentos e se reunir em comunidade? Esta é a pergunta feita por pastores e leigos neste período – já duradouro – de isolamento social. Se a fé é relação com o Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo, é preciso voltar a Jesus de Nazaré, o Cristo encarnado, e aprender dele como viver a espiritualidade do cotidiano. Sobre isso, muito tem a nos ensinar a estimada catequista do Brasil e minha querida amiga, Therezinha Cruz, que em seu livro “ Este mundo de Deus: educar para a espiritualidade do cotidiano ” nos fala de maneira próxima e clara sobre esta dimensão – hoje tão fundamental – da vida cristã. Neste texto farei um resgate destas sábias palavras, colocando-as em relação com a mística de Jesus de Nazaré e alguns documentos do magistério eclesial. Alguém pode dizer que as únicas formas de cultivar a fé e a espiritualidade católicas nestes dias s

O Amor é o Caminho que nos leva à Esperança

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Imagem: Pixabay O amor é o caminho que nos leva à esperança.  E esta não é uma espécie de consolação,  enquanto se esperam dias melhores.  Nem é sobretudo expectativa do que virá.  Esperar não significa projetar-se num futuro hipotético,  mas saber colher o invisível no visível, o inaudível no audível, e por aí fora.  Descobrir uma outra dimensão dentro  e além desta realidade concreta que nos é dada como presente.  Todos os nossos sentidos são implicados para acolher,  com espanto e sobressalto, a promessa que vem,  não apenas num tempo indefinido futuro,  mas já hoje, a cada momento.  A esperança mantém-nos vivos.  Não nos permite viver macerados pelo desânimo,  absorvidos pela desilusão, derrubados pelas forças da morte.  Compreender que a esperança floresce no instante  é experimentar o perfume do eterno. José Tolentino Mendonça , in " A Mística do Instante "

O que o “fique em casa” nos fala sobre a Iniciação Cristã?

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Imagem: Pixabay #fiqueemcasa, é o que temos visto e ouvido por todos os lados nestas últimas semanas. Dentre as muitas preocupações da Igreja neste período de pandemia está a impossibilidade dos católicos se reunirem na assembleia dominical e nos encontros pastorais. Alguns pastores temem a perda da fé e do vínculo eclesial por parte do seu povo. Mas isso não é unicamente um pensamento do clero. Pelas redes digitais encontramos abaixo-assinados de católicos que veem a impossibilidade de participar do culto – para salvaguardar a vida – como um máximo obstáculo para o cultivo da fé. A partir disso, surgem várias iniciativas virtuais e simbólicas de cunho religioso – mas nem sempre pastoral – que buscam manter vivo o desejo de espiritualidade no povo. Essa preocupação, por si só, deve despertar em nós a reflexão sobre como realizamos o processo mais fundamental da vida cristã: a iniciação. Afirmar que os cristãos em casa não saberão cultivar sua espiritualidade é atestar uma f