Pandemia e a Morte de Si Mesmo
Imagem: Pixabay Em tempos de pandemia, libertamos descaradamente o nosso sempre companheiro medo da morte. Tememos por nossa vida. Tememos pela vida daqueles que amamos. Sobretudo quando a arma está apontada direto para os que são nossas bases: mães, pais, avós, avôs, nossos idosos. A amargura é acentuada quando vemos o desprezo pela vida dos anciãos partindo, justamente, daquele que deveria ser o primeiro em sua defesa: o presidente da república. E por quê? A justificativa é simples, feita em uma língua global, compreendida por todos e falada por poucos: para proteger a economia. Em tempos de pandemia, o poder econômico liberta descaradamente o seu sempre companheiro medo da recessão. Teme pela bolsa. Teme pelo capital de giro. Teme pela redução dos zeros. “Esta economia mata”, denuncia o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (n. 53). “A dignidade de cada pessoa humana e o bem comum são questões que deveriam estruturar toda a política econômica, m...